Trabalhador com LER pode não precisar de afastamento
A Lesão por Esforço Repetitivo, conhecido pela sigla LER, e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – Dort – estão entre as principais causas de licença do trabalho. Mas, de acordo com clínico, dependendo da gravidade da inflamação, pode não ser necessário um afastamento pela Previdência.
De acordo com Sérgio Caiado, clínico geral e coordenador médico da área clínica do Hospital Santa Catarina, após uma análise das causas e do contexto em que foi gerado o problema, é possível, propor uma readequação, sem que seja necessário o afastamento do profissional pela Previdência. “É preciso fazer uma análise global, saber qual a função da pessoa, questionar o que ela faz e o que provavelmente causou a lesão, para propor uma readequação ao posto, se for o caso, e garantir uma recuperação plena”, afirma o médico.
Em casos de inflamação aguda mais grave, no entanto, pode ser necessária uma licença de três a 14 dias para tratamento e recuperação, seguida de um processo de readequação ao posto. O médico lembra que o tratamento inadequado pode agravar o problema e, até mesmo, gerar outros. O uso indiscriminado de órteses (imobilizadores como munhequeiras) e de antiinflamatórios, por exemplo, podem gerar sérios efeitos colaterais. “(As órteses) são recomendadas pelo médico quando a lesão está em fase aguda para uso de dois até cinco dias. Depois de um tempo, o uso se torna improdutivo, podendo gerar até um quadro de hipotrofia (enfraquecimento ou diminuição de tamanho) dos músculos sadios,” adverte Caiado.
Sobre os remédios, o médico alerta para os riscos do uso sem recomendação médica, lembrando que os antiinflamatórios são comumente sugeridos por amigos ou conhecidos que não têm nenhum conhecimento sobre seus efeitos. “Hoje em dia são muito comuns os problemas renais e hepáticos provocados pelo uso indiscriminado de anti-inflamatórios”, ressalta Caiado.
Tratamento
“Vários são os tratamentos possíveis, desde o halopático até fisioterapia, acupuntura, RPG, dentre outras terapias”, afirma Sérgio Caiado. Ele chama atenção ainda para a importância de se fazer o diagnóstico o mais cedo possível, porque as lesões simples de trabalho podem esconder distúrbios mais graves.
Por Redação, administradores.com.br
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