Reparando Erros Juntos
por Fernanda de Almeida
Errar é sempre um risco assumido por quem ousa e por quem se atreve a fazer diferente. Como isso faz parte do processo criativo, inibir o erro não é necessariamente prática saudável. O importante, dizem os especialistas, é que haja transparência para que as pessoas assumam responsabilidades e sejam orientadas sobre a melhor maneira de reagir e contornar o equívoco. “Mesmo que o erro tenha sido da equipe, o líder deve assumir a responsabilidade em nome do grupo e, junto com os subordinados, encontrar a melhor maneira de apontar as falhas, calcular os riscos e propor soluções”, avalia Nancy Assad, especialista em comunicação estratégica, marketing e responsabilidade social da Nancy Assad Comunicação e Consultoria Associados.
Essa é a política adotada pela Strenna Comunicação Corporativa. É papel dos gestores fazer valer a liderança também quando o assunto é assumir erros. Para o presidente Marco Antonio Menezes, “reconhecer e assumir o erro dos subordinados faz parte da responsabilidade do líder”. Quando o erro foi do próprio gestor, vale o mesmo princípio de transparência: o fato não deve ser escondido da equipe e é preciso motivá-la na busca por uma solução em conjunto. Menezes chama atenção, no entanto, para a necessidade de se criar métodos que minimizem os erros e tornem as ações mais coerentes e assertivas.
Quando o próprio gestor erra é comum achar que a solução deve ser encontrada exclusivamente por ele. “O líder precisa entender que seus exemplos servirão de ensinamentos aos seus liderados e que um erro pode ser uma ótima ferramenta de treinamento. Ao invés de tentar esconder o equívoco, o ideal é que esse líder aproveite o momento para preparar seus subordinados e envolvê-los na tomada de decisão sobre qual a melhor maneira de agir”, orienta Nancy. Ela lembra que muitos profissionais não aceitam assumir postos de comando justamente porque têm medo de ousar, criar e errar. Saber lidar com esses desafios é o que faz a diferença.
Também é importante comunicar aos superiores quando uma falha é cometida para que a informação não chegue por terceiros. Quanto mais tempo o profissional leva para comunicar o problema, maior e mais difícil de ser resolvida a questão se torna. “De qualquer maneira, é de suma importância que, ao reportar o erro a seus superiores, o profissional aponte as soluções”, afirma Nancy.
Transparência
Quando o gestor não assume um erro cometido por ele ou por sua equipe gera um desconforto no ambiente de trabalho, criando insegurança e desmotivação. Para Nancy, “o líder deve ter uma postura de se responsabilizar, assim a equipe o verá com bons olhos. Mas se ele transfere essa responsabilidade, a posição dele como líder fica muito enfraquecida e as pessoas tendem a não confiar mais nele”. Não se responsabilizar e se isentar de encontrar saídas é uma prova de que o profissional não tem o perfil exigido para um cargo de liderança.
Menezes explica que, na Strenna, os líderes devem mostrar que são responsáveis por tomar decisões. “Apresentar soluções logo que um erro é comunicado sem dúvida faz toda a diferença e contribui para a melhora das relações no ambiente de trabalho”, afirma o presidente da companhia.
Fonte: Reparando Erros Juntos
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