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Programa de Prevenção e Gerenciamento de Estresse

13 abril 2011

Programa de Prevenção e Gerenciamento de Estresse

 

Identificar as categorias de riscos que podem levar ao estresse no trabalho e criar estratégias de gerenciamento que permitam uma vida mais saudável e produtiva são alguns dos desafios da equipe multidisciplinar do Programa de Prevenção e Gerenciamento de Estresse, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SESP), em convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e, executado pela Fundação Ajuri de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Roraima.

A equipe técnica é formada por mais de 30 profissionais, entre psicólogos, assistentes sociais, enfermeiro, nutricionista, fisioterapeuta, estagiários de psicologia, além de psiquiatras e neurologistas. Com 20 dias de implantação do programa em Roraima, pelo menos 250 profissionais de segurança pública, entre policiais civis, militares, bombeiros militares e agentes carcerários já foram atendidos. Destes, oito procuraram espontaneamente atendimento psicológico, fornecido pelo programa.

De acordo com a coordenadora do programa, Darlim Mezomo, o estresse causado pela rotina perigosa de um policial prejudica, sem sombra de dúvidas, a saúde do profissional da área de segurança. Disse que os danos do excesso de estresse extrapolam a esfera profissional, causando insatisfação, dificuldades de relacionamento e muitas vezes adoecimento.

Ela destacou que o programa vai muito além de uma palestra sobre o estresse e que os profissionais que estão participando, estão percebendo que o trabalho que vem sendo realizado é uma oportunidade disponibilizada para a melhoria da qualidade de vida deles.

“Nossa proposta é trabalharmos para apresentar aos profissionais uma nova perspectiva inerente a sua profissão. Entretanto, para que haja uma nova realidade no sistema de Segurança Pública é necessário um esforço mútuo entre profissionais, gestores e comunidade. O que temos refletido e discutido são as expectativas dos profissionais em relação ao seu trabalho, ao seu futuro, e a responsabilidade que tem perante a sociedade para que se sintam co-gestores do sistema. Este programa visa ouvir os profissionais, verificar o que significa para eles qualidade de vida, quais são os agentes estressores do ambiente de trabalho e principalmente, quais as ações que devem ser desenvolvidas para que eles tenham melhor qualidade de vida”, observa.

Metas
Com a implantação do trabalho, os profissionais cumprem as metas II e III do programa que é o mapeamento e sensibilização para identificar sintomas de estresse e avaliar a saúde física e mental do policial.

A IV meta, que é a instrumentalização para a prevenção e gerenciamento do estresse está previsto para ocorrer entre os dias 25 e 29 de abril, quando ocorrerá uma jornada de capacitação para os profissionais de saúde das corporações e convidados das secretarias municipais e, estadual. Nesta fase, estará em Roraima a doutora Ana Maria Rossi.

Com título de doutorado em Psicologia Clínica e Comunicação Verbal, e cursos de mestrado em Comunicação de Massas e Psicologia Clínica, a doutora Rossi se especializou no tratamento do stress e biofeedback na Florida State University e na Menninger Foundation. É docente do curso de MBA de Recursos Humanos da FEA/USP. Foi agraciada com o título de Fellow pelo The American Institute of Stress e recebeu o Prêmio Melhores Mulheres 2006, categoria Saúde e Nutrição, promovido pelo Jornal do Comércio. Ela é presidente da International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) e representante brasileira na Divisão de Saúde Ocupacional da Associação Mundial de Psiquiatria.

A especialista também ministrará uma palestra aos policiais sobre gerenciamento do estresse ocupacional, que é causado pela relação do profissional e o trabalho. O evento está agendado para o dia 02 de maio. “Pretendemos identificar os agentes estressores, fazendo este mapeamento. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública está se propondo não apenas a ouvir os servidores, através deste programa, mas a contemplar as sugestões de ações para corrigir as problemáticas em seus Planos de Governo, com propostas de melhoria a curto, médio e longo prazo”, disse a coordenadora.

Darlim Mezomo diz que, além dos incentivos externos, a motivação precisa ser interna e vai depender de toda uma conjuntura pessoal para que haja realmente uma mudança e uma melhor qualidade de vida. “É necessário que os profissionais de segurança possam participar do programa e ter a oportunidade de refletir e discutir sobre o seu futuro “, disse.

Fonte: Programa de Prevenção e Gerenciamento de Estresse