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No MTE: “Sistema de Informações do trabalho em debate”

30 outubro 2012

Publicado em 22/10/2012 no MTE. Por MTE com informações da Fundacentro.

 

Ipea, Dieese, Fiocruz e MTE discutem vantagens da criação de um sistema que disponibilize os dados da Rais para consulta.

Brasília, 22/10/2010 – A criação de um sistema integrado de informações em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) é uma das necessidades apontadas pela mesa “Observatório sobre o Mundo do Trabalho”. Esses dados devem servir para subsidiar ações. O debate ocorreu durante o Seminário Pesquisa e Inovação para Melhores Condições de Trabalho e Emprego, em 19 de outubro, durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília. O evento foi realizado pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).

“Todos ganham com a criação de um sistema colaborativo”, avalia o pesquisador da Fundacentro, Celso Salim. “Concordo em criar um observatório para a intervenção. Há necessidade de um projeto de Estado para avançar”, completa Clemente Ganz, diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). “Essa ideia do observatório e da organização da informação é primordial. Onde ficará hospedado é algo a se discutir. O importante é que esses dados sejam vistos”, conclui Jorge Abrahão de Castro, diretor do Ipea.

 

Um problema que deve ser considerado é a descontinuidade. Muitos observatórios são construídos, mas não continuam o trabalho. Além disso, há ações que devem ser aproveitadas. “Antes de chegar a proposta de um sistema, é preciso explorar a capacidade dos sistemas já existentes como o de notificação obrigatória do SUS”, alerta o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Francisco Pedra. “Nossa experiência é que nenhuma instituição consegue fazer esse trabalho de prospecção sozinha. Precisamos criar uma rede de cooperação e estamos à disposição para trabalhar nesse sentido”, diz Ganz.

Ações – O pesquisador da Fundacentro, Celso Salim, apresentou estudos e análises da instituição sobre estatísticas relacionadas à SST. “É importante lembrar que temos condições institucionais para a melhoria das informações. O problema nosso não é de tecnologia. É uma questão de decisão política”, diz Salim.

Outra experiência é o acordo de cooperação entre Fundacentro e Ipea, que conta com três linhas de ações: Estatísticas e indicadores em SST; Custos econômicos e sociais dos acidentes de trabalho; Avaliação de políticas públicas em SST. A parceria já resultou no livro “Saúde e segurança no trabalho no Brasil: aspectos institucionais, sistemas de informação e indicadores”.

Também está sendo preparada pela Fundacentro uma pesquisa sobre mortalidade por acidentes do trabalho nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Foram usadas diferentes bases de informações. O relatório está pronto e será divulgado em breve. “Temos uma boa potencialidade de cruzamento de dados”, explica Salim.

O Dieese, por sua vez, apresentou a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), que existe desde 1985. Planeja-se, futuramente, incluir um questionário para olhar as questões de SST. Outra ação é o Observatório do Trabalho, que pode ser acessado a partir da página do órgão na internet. Trata-se de um mapeamento com informações sobre mercado de trabalho formal, com cruzamento de dados.

Por enquanto, o Observatório do Trabalho abrange algumas cidades como São Paulo e Osasco e estados como Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. “Construímos neste ano a base para desenvolvermos essa tecnologia para migrar a Rais [Relação Anual de Informações Sociais]”, conta Ganz.

 

 

Leia a íntegra do “Sistema de Informações do trabalho em debate” no link:
http://portal.mte.gov.br/imprensa/integracao-de-informacoes-do-trab…

Fonte: No MTE: “Sistema de Informações do trabalho em debate”