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No Correio Braziliense: “Dilma: reduzir custo do país é prioridade”

5 setembro 2012

Publicado em 31/08/2012 no Correio Braziliense. Por Juliana Braga.

 

Para a presidente, momento exige que setores público e privado ampliem os investimentos com o intuito de tornar o Brasil mais resistente.

 

Em discurso durante o encontro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, a presidente Dilma Rousseff afirmou que uma das maiores preocupações do governo no momento são os investimentos, principalmente em logística e energia. Ela defendeu a união entre os setores público e privado para tornar o país “mais competitivo em todos os mercados”. “E torná-lo (mais competitivo) significa mais lucro, melhores empregos e maior renda, como eu já disse”, declarou.

Dilma explicou que as medidas que o governo tem adotado nos últimos meses são para, além de enfrentar a crise, diminuir o custo do país. “Todas as providências são, sem dúvida, úteis e necessárias para melhorar a nossa situação conjuntural, mas não estão sendo tomadas por isso. Não é só para melhorar e aumentar o nível de investimento, mas para ter um sentido de longo prazo, que significa reduzir o custo do país”, pontuou.

 

Segundo a presidente, a estratégia é essencial para o país se preparar para os próximos anos. “Essa redução de custo é a única forma para que possamos enfrentar as décadas que virão. Nós temos de ter mais eficiência e maior produtividade. Isso diz respeito à logística, diz respeito à energia, vai dizer respeito também – e isso é um processo – à forma pela qual nós vamos tributar”, ressaltou.

A presidente anunciou há duas semanas o pacote de concessão de rodovias e ferrovias. Ela criticou o estado atual das vias férreas por conta de desestatizações passadas. “A nossa malha ferroviária está aquém do que o Brasil precisa para crescer e para evoluir. Isso porque fizemos uma privatização absolutamente sem consistência”, alfinetou.

Na última quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as áreas de automóveis, eletroeletrônicos, mobiliário e materiais de construção. Com isso, Dilma espera que esses segmentos consigam aquecer a economia e que cumpram as contrapartidas exigidas pelo Executivo, sobretudo de manutenção do emprego. Para os próximos dias devem ser anunciados os pacotes do setor de energia, que promete trazer a redução de encargos, e para portos e aeroportos. Na reunião do Conselhão ontem, Dilma destacou ainda a importância dos investimentos em educação e nas áreas sociais.

Solidez fiscal

Sobre os juros, a presidente falou que estão em um patamar “mais civilizado”. “Nós mudamos uma relação macroeconômica importante, entre juros e câmbio. E o nosso câmbio não está na situação que estava um ano atrás”, avaliou. Dilma Rousseff ponderou que isso é fruto de um compromisso da sociedade com a solidez fiscal. “Ela é produto de um longo caminho, que vem de outros governos, para que o Brasil seja um país com capacidade de andar sobre os seus próprios pés. Isso implica uma inflação controlada e uma redução da dívida líquida sobre PIB. E nós temos conseguido isso”, ponderou. Ela disse ainda que esse tem sido um esforço realizado desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Fonte: No Correio Braziliense: “Dilma: reduzir custo do país é prioridade”