No Brasil Econômico: “O desafio de atrair e preparar talentos”
Publicada em 28 de Novembro de 2011 pelo Brasil Econômico. Por Adolfo Menezes Melito.
Empresas brasileiras enfrentam pelo menos três importantes desafios que afetam profundamente o seu desempenho: visão de curto prazo, negligenciamento de talentos e estruturas piramidais. Nosso índice de inovação e produtividade é um dos mais baixos do mundo.
Segundo o escritor e jornalista americano David H. Pink, que publicou “Drive” em fins de 2009, saímos do ambiente empresarial tradicional e típico da era industrial, de obediência, para o ambiente de engajamento das empresas modernas. Nesse novo ambiente os requisitos são: autonomia, reconhecimento pela qualidade de “ser o melhor” na profissão e, por último, propósito, entendido como visão de longo prazo.
Os três desafios das organizações brasileiras anteriormente mencionadas são diametralmente opostos aos requisitos especificados por Daniel Pink para a organização moderna: hierarquia se contrapõe à autonomia; falta de foco em talentos inibe a expectativa de “ser o melhor” e visão de curto prazo é incompatível com a aspiração por propósito. Instilar uma nova postura empresarial pautada em princípios e meritocracia pode significar o ponto de inflexão para as empresas mudarem esse jogo.
Todos têm um bom caso para contar de empresas que dispensam talentos com maior experiência e conhecimento, que se tornaram caros com o tempo, para substituí-los por profissionais entrantes no mercado de trabalho. Gosto de citar como uma das mais arrojadas organizações em gestão de pessoas, a Ambev.
A mobilidade vertical é garantida por um bem organizado sistema de contratar regularmente jovens talentos, instilar o comportamento ético, desafiá-los e promovê-los de tempo em tempo. Isso é possível porque a empresa imprime um ritmo de crescimento forte aos negócios, abrindo espaços para promoções.
Fonte: No Brasil Econômico: “O desafio de atrair e preparar talentos”
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