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No Brasil Econômico: “Desafio do país é ganhar produtividade”

22 maio 2012

Publicado em 15/05/2012 no Brasil Econômico. Por Érica Ribeiro.

 

Esse foi um dos temas que deram o tom do primeiro dia do Fórum Nacional, organizado por Reis Velloso, no Rio de Janeiro.

No primeiro dia do Fórum Nacional, ontem, no Rio, o tema central das discussões entre representantes da indústria e do governo girou em torno da necessidade de se promover uma reforma tributária, ampliar investimentos , aumentar a produtividade, investir em inovação e educação. O Fórum foi aberto pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho, que afirmou que há prioridade por parte do governo de aumentar investimentos na poupança e que o fim da pobreza extrema também está entre as prioridades.

 

“Temos o desafio de expandir nossa infraestrutura e sistema logístico, de subir o patamar de ganhos de produtividade.

O Brasil enfrenta desafios e se defronta com oportunidades.

Estamos vivendo mudanças tecnológicas que modificarão a cadeia produtiva e vão nos dar passos para a concorrência global.” No debate sobre meios de transformar a crise em oportunidade, o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Andrade, foi o primeiro a puxar o que seria o tom de todas as discussões no dia de ontem: a necessidade de se trabalhar por uma reforma tributária, fiscal e trabalhista. “Nós da iniciativa privada enfrentamos um ambiente empresarial difícil pela alta carga tributária, problemas ambientais e trabalhistas. Temos trabalhado na CNI em cima de uma agenda de médio e longo prazo. Mas o setor privado é pressionado por uma agenda de curto prazo. Investir no conhecimento é o caminho e vamos destinar R$ 1,9 bilhão para construção de centros de inovação e tecnologia no país”, disse.

Marcelo Odebrecht, presidente da Construtora Odebrecht, disse que a crise que vivemos é relativa e que nesse momento estamos atacando os juros, os tributos e o câmbio. Mas que é preciso se preparar para a crise que está por vir, que é a de produtividade.

“A questão não é mais educação e, sim, melhor educação.

Investir em educação e capacitação profissional para ampliar a renda do trabalhador, remunerando a produtividade e a meritocracia e não pagar por meio de benefícios indiretos e absenteísmos remunerados.” Já para o presidente e CEO da Siemens Brasil, Paulo Stark, o grande entrave para o Brasil crescer está no custo da produção. Segundo ele, produzir no Brasil custa US$ 138 por megawatt, o segundo maior custo do mundo.

Ele também falou sobre a alta carga tributária que incide sobre a cadeia produtiva e apontou a redução de juros reais para níveis internacional, o combate à concorrência desleal e o controle cambial como caminhos para melhorar o ambiente sistêmico.

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Empresários como Marcelo Odebrecht, Robson Andrade e Paulo Stark pedem melhora da educação e da infraestrutura.

Fonte: No Brasil Econômico: “Desafio do país é ganhar produtividade”