O fato vem a propósito das candidatas a professoras que , embora  aprovadas no exame de conhecimento, foram reprovadas no exame médico sob a alegação de serem inaptas para o exercício da docência devido obesidade. Existem características pessoais, como a gagueira, que podem desqualificar uma pessoa para o exercício da docência . A Secretaria de Gestão Pública do governo estadual paulista, responsável pela perícia, não comentou caso a caso. Esclareceu, entretanto, que “há casos em que a obesidade pode ser considerada doença, segundo os padrões da OMS [Organização Mundial da Saúde]”.

As empresas também são discriminatórias ao vedar a contratação de trabalhadores obesos. O critério é fundamentado em dois fatos: o primeiro é o de que o obeso é menos apto para atividades laborais que demandem expediência, agilidade, pronta reação. O segundo fundamento é o de que o obeso é mais sujeito a ser afetado por questões de saúde o que prejudica a sua assiduidade e produtividade. Um terceiro critério subjetivo é o fato da pessoa acima do peso ser mais difícil de aceitação no ambiente de trabalho. Enfim, a obesidade não é somente uma doença inabilitante, é uma desgraça capaz de menoscabar a condição social do indivíduo.

Existem suficientes motivos para que a obesidade seja uma questão de maior atenção por parte das autoridades encarregadas de monitorar a saúde pública. Torna-se cada vez mais imperioso que o atendimento ao obeso seja cada vez mais preventiva. A promoção da educação física nas escolas é um recurso que deve ser adotado assim como o monitoramento dos índices de triglicerídeos e colesterol. Enfim, como um problema de asúde pública, a obesidade deve merecer atenção dada as suas funestas consequências de natureza psico-social.