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Inicia Conferência internacional promovida pelo Sindicato dos Químicos do ABC

29 setembro 2011

Data: 27/09/2011 / Fonte: Químicos do ABC

Santo André/SP – A preocupação em construir uma indústria química sustentável, com diálogo social e trabalho decente, reuniu na manhã desta segunda-feira representantes dos trabalhadores, das empresas e do poder público  na Conferência “A indústria química em 2020: um novo rumo é possível”, promovida pelo Sindicato dos Químicos do ABC.

Na Conferência de Abertura,  o diretor de Relações Industriais  e Corporativas da Federação Internacional dos Sindicatos do Ramo Químico, da Energia, da Mineração e Indústrias Diversas (ICEM), Kemal Ozkan, apresentou um panorama detalhado da indústria química no mundo, ressaltando as perspectivas de crescimento de consumo na Ásia, em especial na China que hoje está entre as principais  produtores da indústria química especializada.

“A tendência é de crescimento na indústria química, em primeiro lugar, na Ásia,  em segundo na América Latina. Hoje o volume de vendas no setor químico é  liderado pela China, seguido pelos EUA e Japão, depois Alemanha, França e Brasil na sexta colocação. Até 2020 a indústria deverá aumentar em mais de 150 milhões de euros por ano. O setor químico será, de fato, muito grande”, pontuou Kemal.

Em seguida, o representante da Abiquim, Marcelo Lacerda Soares Neto, presidente da Lanxess, situou a indústria química brasileira nesse cenário e os principais desafios e perspectivas dessa indústria na visão dos empresários. Também explicou os principais objetivos do Pacto da Indústria Química, lançado no ano passado.

O setor químico tem um grande déficit comercial, que afeta diretamente os empregos dos trabalhadores. “A minha filosofia de vida é a gente aumentar o bolo e não apenas dividi-lo, pois sem crescer todo mundo vai ganhar menos. O que precisa prevalecer é a agregação de conhecimentos. A cada ano de estudo, o trabalhador tem 3% de ganho a mais no salário. Podemos ser mais competitivos”, observou Lacerda.

Na parte da tarde, a conferência “A indústria química em 2020: um novo rumo é possível” tratou das perspectivas e oportunidades com o pré-sal.

Para expor o ponto de vista da Petrobras, foi convidado o gerente de exploração e produção da Petrobras, Márcio Naumann. O ponto de vista dos trabalhadores foi abordado pelo coordenador geral da Federação dos Trabalhadores do Ramo Químico da CUT (Fetquim), Raimundo Suzart, que também é dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC.

Na apresentação sobre o pré sal, Marcio Naumann falou sobre o cenário mundial da produção e consumo de petróleo e o Plano de Negócios para 2015 e 2020 da estatal. “O objetivo da Petrobras não é exportar petróleo, mas agregar valores aos nossos produtos. Isso está muito claro para o país e para a companhia. A China é umimportante parceiro, mas a idéia é agregar valor e transformar a riqueza proveniente do pré-sal em algo mais valioso, em participar no processo de transformação deste país”, afirmou Naumann.

Para o representante dos trabalhadores, entre os desafios está a criação de oportunidadese e mais investimentos na média, pequena e micro empresa. “O representante da Abiquim afirmou que há hohje no Brasil 3200 empresas químicas e destas, só 200 são filiadas, as maiores. Isso acontece com vários sindicatos patronais também. Ñós consideramos importante discutir, a partir do pré-sal, como ficam essas empresas, se vão receber oportunidades, gerar empregos”, pontuou Suzart.

Dimensão social será tema do segundo dia da Conferência
Para os trabalhos da manhã do segundo dia, 27/9, que tem como tema principal “O Diálogo Social na Indústria Química”, a conferência principal será ministrada pelo especialista sênior em indústria química de Sector/Organização Internacional do Trabalho – OIT Genebra, Sr. Yasuhiko Kamakura.

Para o debate, representando o setor empresarial, estará presente o diretor de relações institucionais da Braskem, Carlos Henrique parente de Barros. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre, abordará  o tema pela visão dos trabalhadores.

À tarde, para falar de “Empregos e Condições de Trabalho” participarão o representante da Solvay, Guillermo E. Mausel; a advogada do Sindicato dos Químicos do ABC, Elaine DÂ’Ávila Coelho e a dirigente sindical da Confederação Nacional do Ramo Químico da CUT, Lucineide Dantas Varjão.

Projeto 2020
A conferência integra o projeto “A Indústria Química em 2020”, iniciativa do Sindicato dos Químicos do ABC para promover o crescimento sustentável do setor químico nacional na próxima década, com diálogo social e trabalho decente. O projeto, iniciado em junho com três ciclos de debates mensais, também visa preparar a entidade – juntamente com governo, indústria, trabalhadores e sociedade civil – para as discussões da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro, em junho de 2012.

Participam cerca de 150 pessoas, entre dirigentes sindicais, representantes dos trabalhadores, empresários e sociedade civil em geral. O evento está sendo transmitido em tempo real via web, por meio do www.quimicosabc.org.br.

A íntegra da programação está no hotsite: http://quimica2020.mgiora.com.br. Para mais informações entre em contato pelo e-mail [email protected].

Fonte: Inicia Conferência internacional promovida pelo Sindicato dos Químicos do ABC