O início das festas juninas, proximidade das férias escolares e o tempo seco, neste mês, chamam atenção para um problema que coloca todos em alerta: o risco de queda de balões. De acordo último levantamento da Polícia Militar, na região, foram registradas cinco ocorrências em 2008 e 17 um ano depois. Desde então, não têm sido realizadas campanhas de prevenção, o que pode contribuir para a alta dos números.

O ABC é uma região com muitas indústrias, o que intensifica o risco de incêndios de grandes proporções, segundo o tenente Vagner Martins, chefe do Setor de Operações do 8° Grupamento de Bombeiros do ABCDMRR. “É preciso focar a prevenção deste tipo de ato, que oferece risco de acidentes, ao meio ambiente, ao patrimônio e à aviação”, comenta. Apesar de ser crime, o número de casos tende a aumentar nesta época do ano, segundo o tenente.

No Brasil, a soltura, fabricação, venda e transporte de balões são crimes ambientais, previstos no artigo 42 da lei 9605 de 1998 sob pena de três anos de prisão e/ou pagamento de multa. Segundo o tenente Martins, os cidadãos têm dever de denunciar por meio dos números 181 (Disque Denúncia), 190 (Polícia Militar) ou ainda no 4123-4586, sem necessidade de identificação.

Sustos
Em abril, um balão foi responsável por incêndio que destruiu indústria no bairro Piraporinha, em Diadema. Em agosto do ano passado, alunos e funcionários da Escola Municipal de Ensino Professora Alcina Dantas Feijão, no bairro Mauá, em São Caetano, foram surpreendidos com incêndio, causado pela queda de balão sobre o prédio do colégio. Nenhum dos dois episódios teve feridos.