Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho é vital
1 outubro 2015
Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho é vital quando eventos climáticos geram ainda maiores riscos nas atividades dos eletricistas responsáveis por manter e restabelecer a indispensável energia elét
Fonte: Revista Proteção
Focada em suas atividades diárias, a comunidade nem percebe o potencial mortal da energia elétrica que circula ininterruptamente por meio dos cabos da rede de distribuição – sobre suas cabeças ou sob as calçadas. Mas é só faltar luz em casa, no mercado, na empresa ou no hospital que o descontentamento e a preocupação são generalizados. Por isso, nem fortes tempestades, tornados, desmoronamentos e alagamentos podem ser obstáculos para os trabalhadores responsáveis por restabelecerem esse bem de consumo hoje considerado indispensável pelos consumidores e matéria-prima para a indústria.
Se, em situações cotidianas, os serviços executados por esses profissionais precisam seguir à risca o manual de procedimentos, em situações extremas, mais do que sentidos triplamente aguçados, a gestão da Saúde e Segurança do Trabalho é de importância fundamental. Embora dados estatísticos mostrem que, nos últimos anos, vêm ocorrendo diminuição nos acidentes e mortes entre os funcionários do setor no Brasil, os números ainda são muito altos, principalmente entre os terceirizados, que hoje representam a maioria nas equipes da linha de frente. Especialistas apontam como motivos quadro de pessoal reduzido, baixos salários, falta de instrução e treinamento adequados, de planejamento e supervisão. Para eles, vencer esses obstáculos depende de um esforço conjunto de governos, empresas e trabalhadores. Com 8,5 milhões de quilômetros quadrados e uma grande diversidade climática, o Brasil tem características regionais de desastres naturais cíclicos. Os mais prevalentes, conforme dados do Sinpdec (Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil), são inundações, vendavais e granizo na região Sul; inundações e deslizamentos no Sudeste; inundações e secas no Nordeste; inundações e incêndios florestais na região Norte e incêndios florestais no Centro-Oeste. A maioria desses eventos atinge as redes de energia elétrica, deixando milhares de consumidores sem luz quase todos os dias. Consequentemente, demanda das distribuidoras inúmeros deslocamentos das equipes de operação e manutenção às áreas atingidas para restabelecerem o abastecimento o mais rápido possível e, ainda, orientar e proteger a comunidade dos riscos elétricos. A exemplo de empresas como Energisa e Ampla, do Rio de Janeiro, que sofreram impactos decorrentes de catástrofes ambientais na região serrana do Rio de Janeiro em 2011, quando 915 moradores morreram e 35 mil ficaram desalojados, equipes da Celesc têm enfrentado periodicamente desastres naturais. Em 2004, o furacão Catarina atingiu o sul de Santa Catarina; em 2008, enchentes e deslizamentos destruíram 95% da rede de distribuição no Vale do Itajaí; em 2011, um tornado atingiu Chapecó e Guaraciaba e, recentemente, outro tornado se abateu sobre Xanxerê, causando grandes prejuízos na infraestrutura dos municípios. No mês de julho deste ano, as regiões dos Vales do Sinos e Caí, no Rio Grande do Sul, novamente sofreram as consequências de chuvaradas e enchentes com mais de 10 mil clientes da AES Sul afetados pelo desabastecimento de energia elétrica.
Comentários