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Cartilha de Segurança orienta cadeia calçadista

30 outubro 2010

Lançada em 27 de outubro, a Cartilha de Segurança em Máquinas e Equipamentos para Calçados apresenta 52 tipos de máquinas utilizadas no ramo calçadista e seus requisitos mínimos de segurança. Durante o evento de lançamento, o Superintendente Regional do Trabalho Substituto no Rio Grande do Sul, Luiz Felipe Brandão de Mello, assinou a Portaria nº 120 de 27 de outubro de 2010, instituindo a Comissão Tripartite Paritária de Ergonomia na Indústria Calçadista.

Cooperação
A cartilha é uma iniciativa da Abrameq (Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas e Equipamentos para Couro, Calçados e Afins) e da Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados). “As soluções encontradas beneficiam a indústria como um todo: os trabalhadores correm menos risco de acidentes, a indústria de máquinas conseguiu identificar melhorias tecnológicas e as indústrias de calçados sentem-se mais seguras por atenderem aos requisitos” afirmou o assessor de projetos da Abrameq, Marcelo Adriano. “Este é o coroamento de um trabalho que foi estimulado pelo reconhecimento da necessidade de se estabelecer mais segurança a fim de reduzir acidentes”, reforçou o diretor executivo da Abicalçados, Rogério Dreyer, durante o lançamento da publicação, ocorrido na Sociedade Ginástica em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

Parcerias
A elaboração da cartilha demandou um longo processo de estudo, discussão e testes, contando com o apoio do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Indústria Calçadista e da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho. Foi criada também durante o projeto a Comissão de Discussão de Segurança em Máquinas e Equipamentos para a Indústria Coureiro-Calçadista, que colaborou na reformulação da NR-12, incluindo um  anexo específico para o setor. “O lançamento da cartilha mostra como o trabalho em conjunto é importante, por gerar resultados efetivos que vão além do que se obtém com a fiscalização”, atestou o Superintendente Regional do Trabalho Substituto, Luiz Felipe Brandão de Mello.

Soluções
Em 2007, iniciaram os encontros reunindo fabricantes de máquinas e representantes da indústria calçadista para mapear o maquinário utilizado e iniciar a discussão de soluções técnicas em prol da Saúde e Segurança do Trabalhador. No início do projeto, a grande preocupação dos fabricantes de calçados era incorporar requisitos de segurança sem inviabilizar economicamente a produção. Com o apoio da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), os envolvidos visitaram entidades e centros de pesquisa na área de tecnologia de máquinas na Europa, para identificar as alternativas de proteção implementadas fora do Brasil. “Dessa forma, tivemos um panorama de como a normatização está organizada na Europa, que serviu como referencial”, lembrou Marcelo Adriano, assessor de projetos da Abrameq.

Ergonomia
Seguindo o exemplo da comissão que discutiu a segurança nas máquinas das indústrias de calçado, surge agora uma nova comissão focada na área da ergonomia. Segundo o Auditor Fiscal do Trabalho e doutor em Ergonomia, Paulo Antônio Barros Oliveira, já houve uma mudança de paradigmas de parte das empresas, principalmente na questão de trabalho em pé. “As empresas perceberam que esse tipo de trabalho causava cansaço, dores, e consequentemente, menor produção e passaram a aceitar a posição do MTE que diz que a alternância de postura é o mais correto”, revelou.

 

fonte: www.protecao.com.br

Fonte: Cartilha de Segurança orienta cadeia calçadista