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A necessidade de promover a saúde mental dos trabalhadores

6 maio 2014

Fonte: Portal do Distrito

São vários os fatores que podem afetar o rendimento e a produtividade laboral. A motivação, por exemplo, e a necessidade de reconhecimento e valorização pessoal e profissional, são aspetos que acabam por estar relacionados com o bem-estar do trabalhador o que, consequentemente, acabará por refletir-se na qualidade das funções que exerce no local onde trabalha.

Contudo, como é sabido, o processo de adaptação nem sempre ocorre como desejado e algumas pessoas apresentam sérias dificuldades em lidar com o stress, gerir conflitos e resolver problemas, trazendo, consequentemente, repercussões para a empresa onde trabalham e para a sua própria saúde mental.

O impacto dessas dificuldades acaba por refletir-se a nível pessoal, familiar e profissional. Em termos laborais o trabalhador acaba por não se sentir motivado, ter dificuldade em trabalhar em equipa e, consequentemente, a sua produtividade é também mais reduzida.

São vários os fatores que aumentam o risco de problemas de saúde mental. O trabalho, ainda que, genericamente, seja considerado um fator protetor em termos de saúde mental, contribuindo para o estabelecimento de redes sociais, para o aumento do rendimento e para o sentimento de utilidade e pertença social, pode, em determinadas circunstâncias, constituir-se, também, como um fator de risco de estados de saúde mental pobres e mesmo para patologia do foro mental.
Neste último caso, o risco advém, sobretudo, do aumento das exigências psicológicas do trabalho, à medida que as exigências físicas como o ruído e cargas pesadas tendem a diminuir.

O risco de distress psicológico e de doença física surgem quando um trabalhador está sujeito a elevadas exigências psicológicas e, simultaneamente, detém pouco controlo sobre as suas decisões, não sendo, deste modo, capaz de desenvolver competências que lhe permitam sentir que domina a tarefa.

No entanto, em ambientes de trabalho em que as exigências psicológicas sejam elevadas, é possível promover estados de exigência-controlo ativos através de programas que promovam o aumento do controlo sobre as decisões. Torna-se, deste modo, possível ao trabalhador evoluir para um estado onde terá mais recursos para lidar com as exigências psicológicas e, desta forma, reduzir significativamente os níveis de pressão decorrentes da sua atividade profissional.

Atualmente, a clínica da família sediada em Setúbal tem ao dispor programas psicoeducativos compostos por 6 ou 12 sessões, orientados especificamente para trabalhadores e que, através de uma abordagem breve e prática, atuam nas principais dificuldades e necessidades dos profissionais.

Esta abordagem permite ainda o desenvolvimento de competências laborais e relacionais que, por si só, poderão ter um impacto direto no aumento da motivação e na produtividade dos seus profissionais.

Fonte: A necessidade de promover a saúde mental dos trabalhadores